COMO DESENVOLVER TIMES REMOTOS DE ALTA PERFORMANCE

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Arte da capa: (@flaviopavan_76)

Já são quase oito meses de pandemia da covid-19, com boa parte das equipes trabalhando em home office. “Foi inesperado esse tema do remoto”, comenta Benito Berretta, diretor geral para as Américas da Hyper Island, escola global inovadora. “Uma mudança brutal”, completa

Em um bate-papo durante o Whow! Festival de Inovação 2020, Benito e Tim Lucas, líder de negócios da Hyper Island no Brasil, conversaram sobre como foi a adaptação ao trabalho remoto e a produtividade desse modelo de trabalho.

Citando seu próprio exemplo, Tim conta que a Hyper Island já trabalhava com vários clientes de forma remota. “Trabalhamos com empresas como a Gerdau, que tem unidades em várias partes dos Estados Unidos, e fizemos um projeto de inovação com pessoas de diferentes lugares, boa parte remoto”, explica.

Na visão dele, quem já tinha esse desafiado de fazer as coisas remotas, como a escola global de educação executiva, sentiu mais segurança de que daria, sim, para fazer nesse formato. “Agora, é diferente, porque muitas pessoas estão sofrendo, mas como seres humanos temos a capacidade incrível de adaptação”, diz o líder de negócios da Hyper Island no Brasil. “Quem estava, então, ao menos um pouco preparado para o modelo remoto de trabalho, entendeu que havia benefícios no trabalho a distância.” Já outras pessoas, menos preparadas para o este modelo, mostraram apego ao modelo anterior, segundo Tim. “Como se aquele modelo tradicional de trabalho fosse perfeito. Não era”, comenta.

O executivo dá como exemplo a questão da diversidade. “Muito se fala em mais diversidade e inclusão, principalmente quando o tema é inovação. Ao trabalhar com times distribuídos, você pode incluir diferentes pessoas, de diferentes origens, com deficiências que impedem deslocamentos. Então, agora, com todas as ferramentas disponíveis, é possível incluir essas pessoas, promovendo mais inclusão”, comenta. “Aquele formato de reunião tradicional, todo mundo no mesmo espaço e na mesma sala, não é o melhor modelo.”

Durante o bate-papo entre os dois, Benito lembra que Tim gostava muito do presencial, pela forma como se movia na sala e interagia com as pessoas. “Como foi essa adaptação ao mundo virtual?”, questionou.

“Tem a ver com o que sempre falamos de desaprender e aprender todos os dias, com essa capacidade de autoconhecimento”, diz Tim. Ele recomenda, para esses tempos de trabalho remoto, buscar coisas diferentes no ambiente onde se está para surgir a inovação, ter os insights, e isso pode ser com plantas, os brinquedos das crianças e etc.

Benito complementa falando da importância de ter um pouco de diversão no dia a dia, da necessidade de elementos lúdicos e da pausa.

As vantagens dos dois modelos: times remotos e presenciais

Nessa pandemia, virou a norma emendar uma reunião atrás da outra. O problema disso é que falta tempo para regenerar. “Passamos a trabalhar no tempo que passávamos no taxi, no café, etc”, diz Benito.

No nível individual, ele fala da necessidade de ser criar mais “outputs” com menos recursos, ações que ajudam a estar mais centrado.

Por sua vez, Tim complementa dizendo que estudos mostram que é preciso tempo livre, caminhando, lavando louça, fazendo outras coisas que não tenham foco no trabalho e que permitem a outra parte do cérebro funcionar.


“O tempo livre é importante para a inovação.”

Tim Lucas, líder de negócios da Hyper Island no Brasil

“Se você não tem isso porque as equipes não se juntam mais, tem que ter individualmente ao longo do dia”, comenta o executivo e doutor em antropologia. E, segundo ele, não é algo que se possa deixar ao acaso. É importante desenhar e facilitar esses processos. “Se não, só acontece por acidente. Tem que acontecer de forma consciente.”

Por fim, Benito e Tim falam sobre pensar no que queremos manter após a pandemia e aproveitar as vantagens dos dois modelos – trabalho presencial e remoto. “Não é uma polaridade”, diz Benito. “É procurar o melhor em todas as oportunidades.”

Para concluir, Benito diz: “Eu espero que a gente incorpore algumas ferramentas. Há muita coisa boa no mundo virtual e seria um pecado perder isso. Importante ter a mente aberta para o futuro, para as equipes remotas de alta performance se converterem em um híbrido entre equipes remotas e presenciais de alta performance.”

Fonte: Whow Inovação

Arte da capa: (@flaviopavan_76)



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