O RETORNO AO ESCRITÓRIO PÓS-COVID-19: UM MOVIMENTO EM 3 ONDAS

O RETORNO AO ESCRITÓRIO PÓS-COVID-19: UM MOVIMENTO EM 3 ONDAS

O ano de 2020 ficará para sempre marcado como o ano em que o mundo parou. O COVID-19 afetou 100% da população mundial devido à paralisação das indústrias, o fechamento de escolas, comércio e escritórios, a implementação das medidas de isolamento social e a busca pela preservação da saúde. O trabalho remoto que para muitas empresas ainda era tabu foi implantado da noite para o dia e já temos milhões de pessoas trabalhando à distância desde o início do ano – e muitas delas, segundo alguns estudos, com maior produtividade.

Para surpresa de alguns, principalmente aqueles que diziam que “não é assim que trabalhamos por aqui”, ou que “home-office não é para nós”, o trabalho remoto veio para ficar. Mas nem por isso os escritórios físicos se tornarão obsoletos. O papel dos escritórios corporativos neste mundo pós COVID-19 precisará ser repensado coletivamente para que possamos renovar o conceito do escritório e sua importância estratégica para as empresas e para a construção das culturas organizacionais.  

Enquanto o mundo começa a se preparar para o retorno e criar o novo normal, é necessário pensar em como nos preparar da melhor maneira possível. É fundamental considerar a saúde e o bem-estar das pessoas e a capacidade financeira das empresas, para que esta construção coletiva do novo normal ocorra da melhor forma possível. Para tanto, acreditamos que esse movimento deva acontecer em três ondas iterativas: de curto, médio e longo prazo, como descrito no gráfico a seguir.



EXPERIMENTAL – curto prazo – Moto:

Utilizar o que tenho com o mínimo de mudanças possíveis. Como não temos referências históricas de um movimento como este, em dimensões globais, precisamos aprender através de testes e protótipos, do erro e acerto dentro de parâmetros conhecidos hoje, para entender, avaliar e dar sequência ao que funciona, descartando o que não funciona rapidamente. 

COMPORTAMENTAL – médio prazo – Moto:

Consolidar o que aprendi e me preparar para o novo. Com os aprendizados da primeira fase, novos comportamentos são estabelecidos pela prática (Action Learning), novos rituais se formam e se consolidam e as novas competências se tornam visíveis; novas best practices são reconhecidas, treinamentos são planejados e o reskilling acontece a partir da necessidade comprovada na prática

ESTRUTURAL – longo prazo – Moto:

Redefinir o escritório e construir o novo enquanto me preparo para a próxima disrupção. A medida em que a economia se rearruma, novos padrões são estabelecidos, e novos modelos emergem. Já é possível redesenhar layouts e adaptações estruturais são introduzidas (sistemas de ventilação, comando de voz, novas regras de uso do espaço), enquanto novas tecnologias surgem e são implementadas. Aprendemos com a prática e podemos sistematizar novos modelos de uso e novas formas de trabalhar, nos preparando para as novas normas que orientarão novos espaços de escritórios deste momento em diante.

Mas por onde começamos a construção coletiva desta nova normalidade? Afinal, trabalho é uma coisa que se faz, não um lugar para onde se vai. Então, onde trabalhamos passa a ser uma opção, uma escolha de onde e como posso fazer melhor o meu trabalho.

Para contribuir com o processo de co-construção deste nosso novo normal, deixamos aqui 15 temas-chave para iniciar o processo de mudança no curto prazo em três grandes pilares: Técnico, Humano e Cultural. Cada tema deve gerar uma série de questionamentos que ajudarão os gestores a orquestrar o processo de retomada como protagonista estratégico em suas empresas.

Fonte: FRB Consulting 2020

Avaliamos que estas ondas serão iterativas e que cada passo informa os passos futuros, sempre reconhecendo que cada uma delas tem objetivos específicos e um tempo mínimo de maturação. Em organizações multinacionais, podemos ter várias ondas acontecendo ao mesmo tempo, com características regionais e culturais tornando necessária a adaptação de soluções. Em outras situações, podemos ter várias ondas ao mesmo tempo em um único ambiente de trabalho.

A vantagem desta experiência em ondas é que ao final teremos organizações resilientes, capacitadas para a mudança e prontas para a próxima disrupção

Artigo publicado no Linkedln de Helena Barcelos, Partner & Senior Consultant na FRB Consulting


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