TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É FOCO DO TOP LEVEL DE EMPRESAS.

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Gustavo Caetano, fundador e CEO da Sambatech (Crédito: Divulgação)

Grandes crises são gatilhos para grandes revoluções tecnológicas e, consequentemente, para a ascensão da tecnologia. Para Gustavo Caetano, CEO e fundador da Sambatech, essa é uma das justificativas para a aceleração digital que as empresas vêm enfrentando durante a crise gerada pela pandemia. Motivada pela hipótese de que a necessidade da adequação é um desafio, encarado por companhias de todos os segmentos e indústrias, a desenvolvedora de soluções tecnológicas realizou o levantamento “Transformação Digital no Brasil” para entender os estágios de empresas em território nacional e os obstáculos da implementação de novas estratégias.

A pesquisa, em parceria com a AWS, Cionet, DigitalHouse, MIT Technology Review, Take Blip, Trybe e unico, entrevistou mais de 100 representantes, dos quais 90% são CEOs, gerentes e coordenadores, fundadores e cofundadores, diretores e vice-presidentes das áreas de marketing, vendas, RH, sucesso do cliente e, majoritariamente, de tecnologia (40%). “Essa já é uma discussão do board, não é mais de uma área de TI ou apenas um CIO que está olhando para isso [transformação digital]”, afirma Caetano.

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Crédito: Sambatech/M&M

Na pesquisa, 32,4% das companhias consultadas têm faturamento estimado em até R$ 10 milhões, seguidas de 17,1% que geram receita anual de até R$ 1 bilhão. Nesta última categoria, todas afirmaram ter planos relacionados à tecnologia. O estudo comprovou que 45,7% dos entrevistados já estão implantando estratégia de transformação digital e 30,5% estão no processo de desenvolvimento de algum plano do tipo. Apenas 1,9% afirmaram não ter planos de elaborar estratégia alguma. Para Caetano, empresas com legado, aquelas que existem há mais tempo no mercado, são as que têm dificuldade de fazer a transformação digital, uma vez que devem praticar a virada de mindset e infraestrutura muito grande. Essas, diz, se mantêm apegadas à tradição e ao sucesso que sempre tiveram ao longo dos anos.

Ainda que algumas sejam resistentes à adaptação, 62,5% pretendem investir de 10% a 30% do faturamento em digitalização. Na contramão, 9,6% não têm pretensão alguma de realizar investimentos na área este ano. Em relação ao investimento total de capital na transformação digital, 6,7% dos representantes afirmaram que as companhias estão dispostas a direcionar de 80% a 100% de seus faturamentos nesse segmento. Ao cruzar os dados, a pesquisa conclui que 85% dos negócios que dizem ainda não ter iniciativas já perceberam o quanto é importante atentar para o assunto.

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Crédito: Sambatech/M&M

Entre os obstáculos que levam as empresas – tanto grandes quanto pequenas – a terem dificuldades na implantação da inovação está a falta de mão de obra. Cerca de 24% daquelas que têm de 101 a 500 colaboradores relataram que encontrar profissionais qualificados na aplicação de soluções digitais é um desafio na transformação. Já das organizações que contam com mais de 5 mil pessoas, 12% alegam enfrentar o mesmo problema. “A maior parte tem dito que não tem mão de obra qualificada para ajudar nesse processo do jeito que é necessário”, afirma o fundador da Sambatech. “E o interessante é que isso está acontecendo porque, antes, quem contratava profissionais de tecnologia eram as empresas de tecnologia. Agora, toda empresa virou empresa de tecnologia”, conclui.

Como exemplo, cita Magalu, Ambev e Via Varejo como companhias que contam com diversas áreas e colaboradores focados em questões tecnológicas. Ainda, Caetano afirma que o movimento atual gerado pela pandemia dá oportunidades para pessoas carentes se qualificarem em profissões correlatas à tecnologia da informação, uma vez que muitos departamentos de RH não exigem diplomas para atuação na área. “Estou bem otimista que, nos próximos três ou quatro anos, teremos uma revolução nessa área que está voltando a ter grande parte dos estudantes escolhendo essa carreira”, diz.

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Crédito: Sambatech/M&M

A “Transformação Digital no Brasil” levantou que as empresas priorizam o investimento em analytics avançados (62%), que engloba social, dados e conteúdo, computação em nuvem (46%) e arquitetura de sistemas (40%). Caetano explica que a primeira prioridade se deve à quantidade de dados gerados atualmente – que dizem respeito ao público, frequência de compra e ticket médio, por exemplo -, mas que não são analisados. “As pessoas estão mudando seus hábitos. Tudo o que era verdade, antigamente, pode não ser mais”, comenta, sobre a mudança na jornada do consumidor. Além disso, o CEO aponta a importância que a segurança de tais dados tem, o que faz com que os empresários passem a confiar mais em sistemas de empresas como Google e Microsoft para o armazenamento de informações. A agilidade também entra em foco na melhoria de arquitetura dos sistemas atuais.

Um resultado que chama atenção, aponta Caetano, é que 40% dos entrevistados dizem não conseguir medir os resultados das transformações que aplicam nos negócios. Para o executivo, uma das complicações é a aplicação da tecnologia sem propósitos, indicando que a empresa deve ter claro o motivo pelo qual está fazendo o investimento e que, em grande parte, deve ser voltado para a resolução de um problema, seja relacionado ao consumidor final ou a processos internos.

A líder em tendências para tecnologia e informação é a inteligência artificial (33%), seguida dos produtos customizados (22,5%). Ainda, 57% dos que foram ouvidos pela Sambatech e que acreditam que este último item é uma aposta para este ano, afirmam que veem como uma das principais ameaças digitais a fraca experiência do consumidor.

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Créditos: Sambatech/M&M

**Crédito da imagem no topo: Trendobjects/iStock

Fonte: Meio & Mensagem



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