QUEM PRECISA DE QUEM? LUCRO OU LACRE?

Como toda cortina de fumaça, a estratégia do Nubank saiu pelo ralo, ou pela chaminé. A fumaça se dissipou em menos de uma semana e ficou clara que a estratégia do banco em surfar na fama da musa pop brasileira não passava de uma estratégia frágil e vulnerável.
O barulho foi causado por muitos conselheiros de instituições que se sentiram ultrajados ao ter seu cargo banalizado. Afinal de contas, a função básica de um conselheiro é manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico dos negócios. O conselheiro é um profissional extremamente experiente com histórico na área que atua.
Pois é…tudo isso que Anitta não é. Demonstrando assim que ainda há muito conservadorismo em termos de formação de conselhos corporativos.
No entanto, houve estardalhaço por parte do público que não entendeu como uma cantora, de repente, terá capacidade para atuar em um banco. Precisamos entender que imagens de celebridades comumente estão associadas a garota propaganda, o que sequer aconteceu para “preparar” o público para associar a Anitta ao mercado financeiro.
Tratar de dinheiro no Brasil é um tema tabu, e ainda assim associa-lo a quem não tem preparo é mexer “no meu queijo” como diria o livro de autoajuda.
Anitta é incrível em muitas funções, mas é inteligente quando vê o seu patrimônio ameaçado: milhões de seguidores, fama internacional, grande influência nas redes. Na real, ela precisa do Nubank?
Quem precisa de quem? @nubank tentou lacrar mas o lacre era de papel de seda.
Como disse anteriormente, MARKETING PARA CAUSAR é vazio e nos dias atuais quem manda são os consumidores ativos em redes sociais. @anitta volta a ser Anitta e está tudo bem.
Por que não convidar negras ou negros aptos ao cargo dentro do campo de atuação financeira?
Nubank, acho que é hora de olhar para a @magalu, desconfio que a @luizahelenatrajano tenha muito a ensinar a @junqueira.cristina sobre estratégias de combate ao abismo social nas empresas.
(Tá me dando uma vontade de dizer “eu bem que avisei”)
Fonte: artigo da antropóloga Hilaine Yaccoub publicado em @hilaine
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