PROPTECHS SÃO A MUDANÇA DE PENSAMENTO QUE O MERCADO IMOBILIÁRIO NECESSITA?

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Sim, proptechs são e serão a mudança de pensamento que o mercado imobiliário necessita. Ainda mais, quando todo o mercado imobiliário entender que proptechs não são apenas plataformas que prometem “venda direto”, “processos inteiros online” ou então “vender ou alugar sem corretor de imóveis”.

Proptechs são de fato uma mudança de pensamento e o que provoca isso nada mais é que uma deficiência de todo a cadeia produtiva do mercado imobiliário, e vários são os pontos a se destacar: falta de transparência, atraso contínuo nos serviços e retorno lento por partes dos profissionais de venda – as vezes até sem o mínimo de preparo para o atendimento real e verdadeiro.

As novas empresas focadas no imobiliário surgiram à partir de três principais ondas, desde o começo dos anos 2000:


Primeira onda de Proptechs

Trouxe plataformas de descoberta de propriedades: sites das imobiliárias e construtoras e portais imobiliários (muitos regionais e logo aparecem os de cobertura nacional). Quando pensamos em modelos de negócios proptechs devemos voltar há pelos menos 20 anos e rever nossos conceitos sobre o uso de tecnologia no imobiliário.

Se chegou até aqui neste artigo, deve se perguntar: existe mais alguma onde de evolução no imobiliário? Sim e é bem real.


Segunda onda Proptech

É a chegada de startups, e o tema Proptech avançou ainda mais no fornecimento de soluções imobiliárias inovadoras que não estavam mais limitadas à lista de produtos. A parte mais importante desta evolução foi a entrada dos investidores, Venture Capital e outros fundos, despejando dinheiro no desenvolvimento destas startups, criando o risco e mexendo nas estruturas completas desta jogo de tabuleiro. Cada casa andada por uma empresa desta era sinal de vitória ou fracasso neste mercado.

E tem mais água neste feijão. A terceira geração de Proptechs estão rompendo a própria base do setor imobiliário, disponibilizando espaços para pessoas que, de outra forma, não teriam acesso a eles: Coworkings e Colivings são a nova sensação dos empreendimentos novos em diversas cidades do mundo.


Terceira onda de empresas PropTechs

Mudou o panorama do mercado, criou públicos novos, e permitiu comportamentos e culturas também novos. Aproximou públicos antes ausentes agora presentes no mercado imobiliário.

O ecossistema de empresas Proptechs logo atinge a maioridade, com inúmeras oportunidades a serem exploradas. A tecnologia imobiliária transformará completamente o setor imobiliário e os modelos de negócios ao seu redor.

Como comentei acima, na segunda onda de empresas PropTechs, muitas startups tentaram atingir praticamente todos os segmentos da cadeia de valor do mercado imobiliário, tentando interromper e melhorar a forma como os participantes do setor (incorporadores, compradores, vendedores, locatários, investidores e profissionais vendas imobiliária) projetam, constroem, comercializam, negociam e operam a oferta de imóveis.

Essas startups têm sido apoiadas por capital inicial e investimento de uma variedade de fontes. Tem havido muito capital investido em startups de tecnologia imobiliária por investidores de risco e este investimento cresce ano a após ano. Assim, é favorecido o surgimento de diversas iniciativas onde certamente muitas serão apenas ideias e nada mais, e algumas poucas realmente farão a diferença neste setor e é nisso que investidores de risco se apoiam, em encontrar a próxima grande ideia.


Tecnologia permitiu agilidade e desburocratização do Imobiliário

Espaços menores, mais espaçados ou mais separados? Após a pandemia, o cliente final deverá mudar suas expectativas, afetando as abordagens do setor imobiliário.

Não há dúvida de que várias tecnologia fizeram uma diferença enorme na forma como os imóveis são administrados e negociados nas últimas décadas. Parte do maior impacto veio da tecnologia mais onipresente. A capacidade de concluir contratos por e-mail e conversar com clientes fora do escritório (pelo celular) teve um grande impacto na velocidade dos negócios. Até o advento das plataformas digitais na internet e dos buscadores (substituindo o jornal e os anúncios impressos) revolucionaram o negócio das empresas imobiliárias.

No setor de gerenciamento, essas mesmas tecnologias tornaram a tarefa do administrador de propriedades mais eficiente, e programas dedicados e criados para a rotina dos profissionais de venda devem permitir uma eficiência ainda maior.

Mas mesmo com essas mudanças, em comparação com outros setores, o mercado imobiliário é um dinossauro no que diz respeito à evolução e ao uso efetivo da tecnologia digital. Embora a tecnologia que está sendo utilizada tenha criado mudanças superficiais no setor, o que mudou muito pouco foi a experiência do cliente.

Na era digital, da internet das coisas, do tour virtual entre outras tecnologias, os consumidores esperam muito mais de sua experiência do mundo físico. E o que está ficando muito aparente é que não importa a quanto boa, inovadora e que ajude a economizar na mão de obra, a experiência do cliente pouco mudará se as pessoas que utilizam a tecnologia não tiverem as habilidades necessárias para operar neste mercado de mudanças, que o jogo ficou mais apertado e os espaços sendo reduzidos.

Nós apenas temos que esperar e testemunhar a transformação que empresas proptechs podem causar. Pra fechar, todos que estão no mercado imobiliário e estão preparados irão se beneficiar destas transformações, de um jeito ou de outro.


Alguns dados importantes sobre o mercado imobiliário:

Estou envolvido com o mercado imobiliário já há algumas décadas e nos últimos anos algumas práticas vêm me chamando atenção. O que passei a ver no meu dia-a-dia é que o ramo da Construção Civil e do Mercado Imobiliário e seus profissionais têm dificuldades em entender os impactos das novas tecnologias e dos novos modelos de negócio e suas empresas.


Aqui estão alguns dados alarmantes:

  • 62% dos profissionais de Construção Civil acham que o setor está atrás dos outros em termos de utilização de novas tecnologias (Raconteur);
  • O mercado da Construção Civil é um dos menos digitalizados do mundo (Gartner);
  • A produtividade desse ramo vem caindo em muitos mercados desde os anos 90 (McKinsey);
  • O investimento em inovação em Construção Civil é até 4x menor do que em outros ramos (McKinsey);
  • 70% das empresas de Construção Civil acreditam que aqueles que não se adaptarem às novas tecnologias irão estar fora do mercado em breve (Visual Capitalist).


Fonte: AAA Inovação



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