O que o mercado publicitário espera de 2024?

Players elegeram IA, ESG, criatividade e experiências como principais temas que pautarão os próximos 12 meses do setor de comunicação

Map lying on wooden table

O ano de 2024 promete bons ventos para a publicidade – pelo menos é o que aponta a última pesquisa da Warc, que revelou que os investimentos globais no setor devem ultrapassar US$ 1 trilhão, pela primeira vez. Além disso, o estudo “Líderes de negócios e perspectivas para 2024” da Data-Makers com a CDN também mostrou que os CEOs estão otimistas pelos próximos 12 meses.

O sentimento positivo foi confirmado pelos players do mercado publicitário ouvidos pelo propmark para o especial Perspectivas 2024. Os anunciantes ressaltaram que esperam por um ano pautado pela inteligência artificial, ESG, rentabilidade, democratização do acesso, criatividade e experiências. Apesar disso, os executivos não deixaram de ressaltar que também estão se preparando para um ano desafiador.

No setor de varejo, o Mercado Livre está se preparando para ter um ano “rentável e sustentável”. Cesar Hiroaka, diretor de marketing da empresa, explicou que entre os planos está a conquista de mais market share com foco em aumentar o espaço do e-commerce no país.

“Em 2024, nossa expectativa é seguir crescendo de forma rentável e sustentável, contribuindo para o desenvolvimento de empreendedores e empresas que atuam em nossa plataforma com geração de renda e receita. Acreditamos no potencial do Brasil e enxergamos espaço para crescimento do e-commerce no país, onde a penetração do setor ainda é de 14%, enquanto nos EUA é de 25% e na China, 40%. Sabemos que ainda há mais espaço para crescer, o que nos deixa ainda mais otimistas para os próximos anos”, ressaltou o executivo.

Já a Tok&Stok terá como foco a retomada da memória afetiva que os clientes possuem com a marca. O movimento será liderado por Ghislaine Dubrule, que retornou à empresa como CEO. “Com a minha volta ao comando da empresa, podemos esperar a continuação de uma gestão ainda mais focada nas operações e ao back to basics, com geração de caixa e um ebitda cada vez mais positivo, resultado do que já começamos a ver no último trimestre de 2023, que foi um ano marcado por reinvenções e desafios”, apontou a executiva.

Em relação às novidades, a CEO afirmou que a Tok&Stok planeja lançar oito colaborações ao longo do ano e vai investir no design nacional. “Além disso, queremos trazer, cada vez mais, nosso consumidor para a experiência em nossas lojas físicas, com destaque para campanhas temáticas e renovação de um terço do portfólio em cada ambiente da casa a cada mês”, completou.

Com a retomada do turismo em 2023, quando a Latam bateu suas metas, a empresa espera por um 2024 de networking e experiências com o objetivo de ajudar as pessoas a concretizarem os planos traçados para o ano. Segundo Amira Ayoub, head de marketing da Latam Brasil, o desafio da empresa será construir uma história com os clientes. Entre os planos, também estão as ativações de marca, como por exemplo o patrocínio do ‘BBB24’ – a companhia irá protagonizar a Prova do Anjo e a Festa do Líder.

“Queremos encontrar outras ótimas oportunidades midiáticas, dando continuidade ao equilíbrio entre digital e offline, diversificando as mídias, e colocando a marca no topo, que é onde ela merece estar. Estamos cada vez mais eficientes, somos líderes do mercado, financeiramente saudáveis, e a marca vai acompanhar esse momento com eficiência”, ressaltou Ayoub.

Já para o setor farmacêutico, João Abique Marques, CEO da Cimed, tem a meta de faturar R$ 4 bilhões – R$ 1 bilhão a mais do faturado em 2023, ano em que a empresa realizou diversas ações, como por exemplo a ativação de Lavitan na TV Globo e o lançamento da colaboração entre Carmed e Fini. Além disso, o ano que passou também foi marcado pela inauguração da terceira planta fabril da empresa, localizada em Porto Alegre, e pela aquisição da gaúcha R2M.

“2024 promete ser um ano desafiador, mas vejo uma boa recuperação da economia, principalmente a partir do segundo semestre”, apontou Marques.
Na fatia do mercado composta pelas empresas de comidas e bebidas, as expectativas são de crescimento, mais tecnologia e ações para se aproximarem do consumidor.

Com um ano recheado de eventos como festivais de música, por exemplo, a Heineken está se preparando para ter um crescimento de duplos dígitos, segundo Eduardo Picarelli, diretor de unidade de negócios da empresa no Brasil.

Picarelli apresentou o dado de que, em 2023, o mercado de cerveja obteve um crescimento de 4,5%, chegando à marca de 16,1 bilhões de litros. A informação foi adquirida por uma pesquisa realizada pela Euromonitor. Ainda usando dados, o executivo também apontou que  a Heineken foi eleita como a marca mais amada pelos brasileiros, sendo que o Brasil é o país que mais consome a cerveja no mundo (dados da Kantar).

Fonte: PropMark



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