EUA: 30% DOS ANUNCIANTES PENSAM EM TROCAR DE AGÊNCIA.

imagem-1-EUA-30-DOS-ANUNCIANTES-PENSAM-EM-TROCAR-DE-AGENCIA
Foto: Reprodução

Quase um terço dos anunciantes dos Estados Unidos pensa em trocar de agência de publicidade nos próximos seis meses. Nove entre cada dez marcas avaliam que a ‘química’ com a agência é o elemento fundamental para firmar uma parceria de publicidade. Os dados fazem parte da terceira edição do estudo feito pela empresa de marketing Setup, sediada em Atlanta.

O relatório anual de relacionamento, publicado nessa quarta-feira, 14, traz insights e percepções de mais de 300 profissionais de marketing de marcas e agências, sendo a maior parte dos respondentes ocupantes de cargos de altos níveis hierárquicos (C-level). Os participantes da pesquisa trabalham em marcas de diferentes segmentos, como IBM, WarnerMedia, Duracell, Bojangles e Hunter Boot e também fazem partes das equipes de agências como Publicis, Morrison, Razorfish e Modo Modo.

O dado mais surpreendente da edição 2021 da pesquisa é o de que 30% dos profissionais de marketing disseram pensar em mudar de agência de publicidade nos próximos seis meses, comprovando que o atual momento para a relação agência-cliente deve ser tumultuado. Na edição de 2020 do estudo realizado pela Setup, que foi publicado pouco antes da explosão global da Covid-19, um percentual similar declarou que pretendia fazer uma revisão de suas agências de publicidade nos três meses seguintes.

“Encurtamos nosso ciclo de planos de marketing para poder rapidamente nos ajustas às novas dinâmicas. Com isso, também continuamos a reavaliar nossas parcerias com as agências de publicidade para garantir que permaneceríamos ágeis”, declarou Katie Kirschner, VP de marca, conteúdo e marketing digital da empresa de softwares NCR. Atender às demandas dos clientes é possível se as empresas trabalharem com os parceiros certos, segundo Katie.

Talvez o que contribua para a instabilidade nas relações entre agências e anunciantes seja a falta de transparência e de comunicação. Ambas as partes concordam que ser claro uns com os outros é fundamental, de acordo com a pesquisa: 65% dos profissionais de anunciantes e 56% dos profissionais de agências garantem que querem melhorar a comunicação em suas relações profissionais.

O relatório da Setup também mostrou que pode existir um desequilíbrio entre as expectativas dos dois lados. Entre os profissionais de marcas, 13% declararam que gostariam de ver a entrega de mais valor por parte de suas agências com menos investimento. Na outra ponta, 12% dos profissionais de agências declararam que os pedidos feitos pelos anunciantes frequentemente excedem o budget. “É essencial formar parcerias genuínas com os clientes. Isso significa construir uma base sólida estruturada sustentada no entendimento mútuo, boa-vontade e canais de comunicação abertos. Nossa agência continua bem-sucedida porque priorizamos a transparência para garantir que cumpriremos as expectativas e garantiremos os resultados aos nossos clientes”, declarou David Mullen, presidente da agência The Variable.

A base para um relacionamento sólido entre agência e anunciante é a química entre as duas partes, de acordo com a pesquisa: 90% dos profissionais de agências e 92% dos anunciantes declararam que a química é o fator mais importante para a construção de um relacionamento criativo. A química ultrapassou outros quesitos como entendimento da indústria, profissionalismo e criatividade, alcançando uma posição bem superior à registrada na edição de 2020 da pesquisa.

Alguns elementos secundários, como tamanho e localização das agências e senioridade das equipes foram reportados como os menos consideráveis entre os entrevistados no estudo.

A Setup também reportou que os profissionais de anunciantes planejam aumentar os investimentos em publicidade em, no mínimo, 50% nas seguintes categorias: content marketing, vídeo, mídia digital, websites e experiência do usuário, influenciadores e mídias sociais. A pesquisa observa um boom do marketing digital após a pandemia da Covid-19 e aponta que as agências que enfatizarem sua capacidade digital poderá ter vantagens na recuperação do pós-pandemia. “As agências especializadas em oferecer serviços digitais estão posicionadas para sobreviver e se superar no pós-Covid-19 em comparação com as que não atuam no ambiente digital”, diz o estudo.

Fonte: Advertising Age publicado no Meio e Mensagem



Artigos Relacionados

O QUE CARL JUNG ENSINARIA ÀS MARCAS NA PANDEMIA

Empresas e marcas são feitas por pessoas, que transferem às primeiras comportamentos quase humanos, no que diz respeito a como agem e as emoções que despertam. Levando em conta isso, a Kantar Insights trabalha com uma ferramenta chamada NeedScope cuja inspiração são os arquétipos do psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung. O grupo de pesquisa ressalta que neste momento não é apenas de governos e […]

COMO O MARKETING SENSORIAL IMPULSIONA SUAS VENDAS?

Em um mundo instantâneo, conectado e viciado em distrações, as experiências é que são responsáveis por fazer os consumidores pararem e prestarem atenção no seu […]

MRV LANÇA MARCA DE MÉDIO PADRÃO E PROJETA R$ 1 BILHÃO EM VENDAS ATÉ 2023

A MRV — que passou a se chamar recentemente MRV & Co — está ampliando mais uma vez sua área de atuação. O grupo acaba de lançar a marca Sensia, voltada […]