Black Friday: O olhar para a construção da marca

O comércio varejista está otimista com a nova “trindade”: Copa do Mundo, Black Friday e Natal.

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O segundo semestre de 2022 está especialmente bom para o comércio varejista, que está sempre de olho nas grandes datas. Além de datas importantes, como o Dia do Consumidor, o varejo brasileiro olha com extremo otimismo para o que pode ser chamado de nova “trindade”: Copa do Mundo, Black Friday e Natal.

Mesmo com eventos tão grandes em um curto período, a Black Friday continua sendo o dia mais esperado pelas lojas brasileiras e ao redor do mundo. Com mais estabelecimentos surgindo e ganhando relevância a cada ano, serão os que tiverem construído uma marca sólida e atrativa que verão dados positivos nos gráficos de resultado. Pois aqui vai uma grade verdade: nem só de promoções e descontos é feita uma Black Friday.

Três meses separam o momento atual da Black Friday, no dia 25 de novembro, e para quem ainda não dedicou esforço para tal construção, a pergunta que fica é: por onde começar?

O primeiro passo é acompanhar as principais tendências do universo varejista, buscando a melhor forma de aplicá-las, de acordo com a realidade e maturidade do negócio. Nos dias de hoje, com novidades surgindo e conquistando os consumidores de maneira tão rápida e eficaz, resistir às mudanças e ficar preso aos modelos tradicionais é um erro ainda cometido por muitos. Ter consciência sobre a percepção que o público tem da marca é crucial para atrair, conquistar e fidelizar pessoas. E essa construção abrange desde a identidade visual do negócio até as comunicações nas redes sociais. Aliás, estar longe das redes é perder a oportunidade de alcançar novos nichos e de expandir a carteira de clientes.

Grandes players do varejo estão anunciando movimentos estratégicos em termos de digitalização. Avatares, propagandas feitas por influencers da Gen Z, produção de conteúdo em diferentes formatos para cada rede social, comunicação automatizada e humanizada nos atendimentos feitos por bots, etc. Tudo isso é parte de uma construção de marca minuciosa e elaborada.

Porém, e para as PMEs? O varejista de pequeno e médio porte não possui o mesmo leque de recursos do que as grandes redes, mas ainda assim é possível aplicar tecnologia durante esse processo. Alguns optam por otimizar a frente de pagamentos do negócio, por exemplo. Ao oferecer meios diversificados na hora de pagar, o gargalo de perda de clientes diminui e o estabelecimento reforça que está priorizando tendências recentes como o Pix e as carteiras digitais. Pode parecer um passo simples, mas já diferencia a loja daquelas que ainda disponibilizam apenas o tradicional, principalmente em uma data com picos de venda, como a Black Friday.

Na última Black Friday, o cenário já era mais promissor para o varejo físico, com o avanço das vacinas, mas ainda havia receio da população em sair de casa para buscar promoções “ao vivo”. Segundo o levantamento “Índices de Performance do Varejo”, organizado pela HiPartners Capital & Work em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a movimentação do público nas lojas presenciais cresceu 48% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Por isso, as expectativas desses estabelecimentos estão maiores para essa última sexta-feira de novembro.

Mas, mesmo com tais índices, não se deve pensar que o online deve ser colocado em segundo plano. Pelo contrário. Brasileiros já se acostumaram a comprar pela internet, e tal hábito não irá se perder, portanto, o foco precisa ir para o omnichannel. Também faz parte da construção de marca ter jornadas de consumo tão fluidas no físico quanto no virtual, com processos rápidos, opções variadas de entrega e atendimento personalizado para o cliente. Os negócios que priorizarem um planejamento minucioso e plausível em termos de timing e do orçamento conseguirão colher bons resultados nessa data, que se supera a cada ano em várias frentes.

O tema BF seguirá sendo olhado por diversos ângulos e as melhores práticas de hoje, com o tempo, vão mudar. O que não vai mudar é que cabe ao varejista definir o que é prioridade durante o caminho de construção da sua marca até que ela se torne referência para o cliente na hora de escolher onde comprar.

Fonte: Mercado e Consumo

*Crédito da imagem do topo: “Texting foto” criado por rawpixel.com – br.freepik.com



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