Fenapro e Sinapro adotam o pacto de inclusão étnico-racial
Movimento representa mais um avanço na direção de um ambiente mais inclusivo.
A Fenapro e o Sinapro-MG apoiam e aderem ao movimento para inclusão étnico-racial, assim, adotam o selo e incentivam o inclusão nas agências de propaganda, não somente para representar o negro nas campanhas e peças publicitárias, mas também para que sejam incluídos, cada vez mais, nas agências e nas gerações de campanhas e conceitos.
O Selo e a campanha foram resultados das discussões no evento realizado no dia 23 de setembro 2019, em São Paulo, na Cinemateca Brasileira, durante o Festival do Clube de Criação, quando foi realizada a cerimônia de assinatura do Pacto de Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho.
O foco era o mercado de trabalho das agências de propaganda porque, como disse Valdirene Silva de Assis, procuradora do trabalho e coordenadora regional/SP de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação de Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), engajar as agências de propaganda é um dos caminhos mais eficazes de disseminação de ideias.
O movimento iniciado na publicidade, que recebeu o nome de Conexão Negra, está ligado a um projeto do Ministério Público do Trabalho que vai contemplar diversos outros segmentos. A meta para as empresas que aderiram ao pacto é ter 30% das contratações de jovens em nível de estágio, analistas e assistentes e 20% das contratações de média e alta gerência compostas por negras e negros.
Esse movimento representa mais um avanço na direção de um ambiente mais inclusivo e menos preconceituoso, também no ecossistema da propaganda. Não à toa, o Cannes Lions deste ano foi tão pródigo na premiação de cases voltados à inclusão e às iniciativas de combate ao racismo. Nada menos de três Grand Prix adotaram explicitamente a temática de combate ao racismo, um deles brasileiro: da AKQA para Baco Exu do Blues – lançamento do álbum Bluesman – ganhador na categoria Entertainment for Music.
Nesta mesma categoria, houve outro ganhador de Grand Prix, coincidentemente adotando temática idêntica. Foi a campanha de This is America, do cantor Childish Gambino, desenvolvida pela Doomsday Entertainment, de Los Angeles, EUA. Ambas fizeram do lançamento de álbuns verdadeiros manifestos contra o racismo.
O terceiro case ganhador de Grand Prix com abordagem contra o preconceito racial foi o da FCB, em parceria com a Six, de Toronto, Canadá.
Trata-se do impactante Go Back to Africa, desenvolvido para a Black & Abroad, visando ao estímulo do turismo de negros para seus países de origem (ou de origem dos seus ancestrais). Eles conseguiram transformar a expressão odiosa “Volte pra África!”, usada por racistas e supremacistas radicais americanos, em algo positivo.
A mensagem central foi Go Back to Africa, mas adotada de forma positiva, convidando negros a voltarem para a África, mas para curtir as belezas dos 54 países do continente africano. Esses três cases foram expressões importantes de um movimento de inclusão, já presente há anos no Cannes Lions, mas não foram as únicas.
A discussão extrapolou a premiação e permeou o conteúdo do evento também. Os publicitários são estimulados a incluir nas suas campanhas representantes de etnias fora do estereótipo do tipo caucasiano. Mas o movimento não para por aí: a inclusão deve se dar também para dentro das agências e anunciantes.
Segundo Alexis Thuller Pagliarini – superintendente da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda – é preciso pensar na diversidade de forma holística, incluindo negros à equipe que vai desenvolver ideias e campanhas publicitárias. Ou seja, devemos vê-los representados não só nas imagens das peças publicitárias, mas, também, entre aqueles que criam e planejam essas campanhas. Esse é o pacto que foi assinado por importantes agências de publicidade e por instituições como Fenapro, Abap e Sinapros.
Fontes:
Meio e Mensagem: www.meioemensagem.com.br
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